domingo, setembro 27, 2009

Demos

A procura do local,
onde ocorrerá a minha emancipação.

A chegada,
a informação.

O momento de reflexão,
A tomada da decisão.

Uma cruz, duas dobras, e oficialização do acto.

27 de Setembro, 17h22.
Agora sim, sou um pleno cidadão.

sábado, setembro 26, 2009

Parabéns!

26/09/53
Do útero para o mundo,
Anuncias-te com um chorar.
Cresces, amadureces, formas-te,
Já pensas, já opinas, já protestas.
Ages, reages, acreditas, sonhas.
Viajas, trabalhas,
És amigo, és namorado,
És marido, és pai
Tens talento, és profissional,
Persegues o que acreditas,
És ameaçado, não recuas,
Trabalhas mais uma vez.
Cada acção, sua consequência,
Persegues o sonho,
És silenciado.
O teu nome cresce,
És um mártir,
Superaste a partida, és um símbolo.
Amigo, bem disposto, um porreiro,
É o que dizem,
Deves ser Deus, porque dizem que fui feito à tua imagem,
E ironicamente, sou dos que menos te conhece.
Fica para uma próxima, desta não calhou,
Antes de partir, deixo-te o essencial,
Muitos Parabéns, diverte-te por aí.
26/09/09

sexta-feira, setembro 11, 2009

11

O que preciso dizer?

um avião, uma torre.
outro avião, outra torre.
um e um? onze.

gota a gota,
se "tempestua" a bonança,
corpo a corpo,
chove pânico na cidade.

o Homem do pó veio,
ao pó tornará,
o pó invadiu a cidade,
tão cedo não partirá.

uns atropelam-se para sair,
outros abençoam-se para entrar,
o que era inabalável, abana,
em breve ruirá.

a Morte é sinistra,
ainda deixa uma ultima opção.
perecer pela chama, fumo, pela queda no vazio,
ou simplesmente deixar-se ir com o betão.

betão esse que cede,
cede e não é um prédio que cai,
é uma ferida que se abre
perante meio mundo que chora.

o outro meio,
regojiza-se de alegria, ou limita-se a fingir chorar,
nem a Morte consegue ser consensual,
raios partam o Ser Humano!

uma nova era que se abre,
nunca mais se voará da mesma maneira.

O que preciso dizer?

um avião, uma torre.
outro avião, outra torre.
um e um? onze.

quarta-feira, setembro 09, 2009

Capicua

090909

060606

6 6 6 (0= nada )


Mortal te apresentas,
Veloz e fugaz como qualquer outro dia,
Uma nefasta nuvem que paira,
Só confirma o que já se sabia

Marca o número da besta
O anjo negro que por aqui ronda.

Veio com fome, e a fome o motivou;
Atacou lentamente, a fome atenuou;
Qual buraco negro sem fumo, a fome reclamou;
Quero mais, quero mais, quero mais, a fome saciou.