35 dias depois

ausentei-me, voltei cá estou,
ui não imaginam, o cagaço que apanhei,
o tremor que senti, erupção a que escapei.
volta, reviravolta, por tudo passei
montanha-russa, encravou e com ela fiquei...

preso, voluntariamente, sossego, tranquilamente
descansei, sonhei, diverti-me, em vós pensei.
pois é cada dia escrevi algo novo,
cada dia deitei uma ideia fora,
cada dia um salmo cantado,
cada dia, uma nova caixa de pandora.

já tinha saudades, isto faz-me falta
confesso, mas o tempo não permitia
o que a preguiça também não consentia.

E assim segui, vivi, sem nada vos contar, prometo que vou evitar
repeti-lo, pois eu sou ar, vocês pulmões,
perdoem-me a arrogância mas é assim que é, sem rodeios nem exclamações
escrevo quase sem pensar, nem parar para considerações

eu e ela, ele e a outra,
xiu...ouve um pouco...o ruído do silêncio
o balançar da estabilidade
o desejo malandro, as maratonas da vaidade
nisto tenho andado, e muito me tem ocupado.

por agora é tudo, não queiram saber em demasia
em breve voltarei,
eu, tu e a minha poesia.