terça-feira, março 09, 2010

Atlas

Experiência de muitos,
cabeça de poucos,
Corpo jovem,
mente cansada.
Braços delgados,
o mundo nos ombros.

Assim que me sinto,
é aqui que me encontro.
Como pesa este globo,
e eu de baixo só assisto.

A humanidade prossegue o seu caminho,
o tempo passa por mim,
manda um sorriso de esguelha,
não tenho tempo para o apreciar...
estou ocupado com uma cãibra no braço.

Os olhos fecham, o peito grita,
as têmporas rebentam,
a alma chora.

O mundo, esse?
permanece inabalável,
na sua imutabilidade transformável.

segue a sua rota,
e eu é que tramo.

braços delgados,
mente pesada,
o mundo nos ombros.