terça-feira, dezembro 15, 2009

Já me ia esquecendo!

Ia sendo, mas não "fondo"
lá me safei de cometer um erro redondo.
Não é que já me ia esquecendo?
Como se pouco me ralando,
diria mesmo, me cagando,
estivesse para o que se estava sucedendo.
Ai moço! Que já te ias esquecendo.
Não esquecendo, mas lembrando,
dei um pouco de gás ao lume, que ia brando;
peguei no perfume, que fui cheirando,
mostrei-lhe a nata, que havia provado.
Soube-lhe a certeza, e certamente me fui inchando
pois até foi melhor do que o esperado;
não sei se existes, mas obrigado!

De um dia, vieram semanas,
de cada semana o que virá não sei.
Um instante do tamanho do lusco-fusco
e parece que na barriga tenho o rei.
Telepatia? É um facto que é um mito,
ou é um mito que veio de um facto?
Sinto-a etérea, é o meu novo aroma,
aguçou-me os sentidos, agradece-te o tacto.
Sincronizou o anacrónico,
o mal inicial, o mal estar crónico.
Dissolveu azeite em água, e o irónico,
é que nenhum deles se apercebeu;
mas se separados estão bem,
é porque juntos de facto estão.
Nenhum deles reconheceu,
ainda pensam que enganam alguém!
Mas já não é brinquedo não!
E isso, não escapa a ninguém.

Iguais como a luz e a sombra,
Parecidos como o bem e o mal.
Onde um está, o outro está,
Onde um vai, o outro já foi.

Entretêm-se a riscar calendários,
dia a dia, no alto da sua inocência.
O futuro mete medo, mas não assusta
pois, onde um vai, o outro já foi.