voltei

terra do passado,
passado que me esqueci,
um retornado,
vejo a vida que não vivi

percorro ruas conhecidas,
embora não recordadas,
as memórias esquecidas
seguem-me em cada passada

voltei!

que me clamem os arautos,
que distribuam autos
a espalhar a notícia, esqueçam as eleições!
vejam-me ó multidões!
escutem-me, leiam-me, sigam-me, adorem-me, idolatrem-me!
esqueçam tudo isso, sigam o meu caminho!
vá lá! sinto-me sozinho...

voltei...

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és tudo, e tudo mereces.
2 x 20 ja passaram,
ainda assim não envelheces!

jovial, alegre, lutadora
leal, séria, trabalhadora
advogada, mãe e mulher.

carregas o mundo,
e se te ofereço ajuda,
não me dás mais que uma pluma.

o tempo para si escasseia, como é valioso cada segundo!
encaras a vida como uma grande luta,
vencer, não admites mais nenhuma opção.

sensata, boa conselheira, educadora exemplar
cada passeata, cada brincadeira, cada tareia de me pôr a chorar.
de tudo me lembro, de nada me arrependo,
se hoje me considero mais homem, é porque disso tudo me lembro.

sabes o que dizer, quando o dizer e como o dizer.
o meu verdadeiro porto seguro,
quando mais ninguém sabe o que fazer.

tu sofreste, nos sofremos, eu sofri?
acredito que sim, não me lembro bem,
tudo graças a ti.

saudável, afável, concentrado me tornei
graças a ti.

se daqui a uns meses vou para a faculdade,
com boa média, e na devida idade,
é graças a ti.

em cada sorriso teu,
uma sensação de recompensa.

em cada olhar de orgulho,
um inchar do tamanho do mundo.

cada momento contigo,
conforto até no canto mais inóspito.

o som da tua voz,
a tranquilidade de uma sinfonia.

a nossa relação,
perfeita!

parabéns cota

ly mom

merda!

digamos que és o maior mistério,
a maior dor de cabeça,
já derrubaste impérios,
sem nada que te impeça.

separaste famílias,
mataste sonhos.
mas o que é que isso te interessa?

usas artimanhas e armadilhas,
tornas fumo os futuros mais risonhos.
nada pára a tua pressa, pois nada mais te interessa.

alimentas-te de lágrimas?
ou preferes a dor e o sofrimento?

obituários que enchem páginas,
ainda há quem te veja como sustento.

só mesmo o ser humano
para encontrar em ti algo de bom,
tanto tempo de convivência,
lá aprendemos a aturar-te.

e que tal se tirasses de folga alguns anos?
ver se batia a saudade, do teu beijo e seu batôn,
ver como suportaríamos a tua ausência.
bom mesmo era matar-te!

Bolas! até para me ver livre de ti, preciso de...ti!

merda!