domingo, abril 29, 2007

Tudo o que faço (uma questão de traço)

Tudo o que faço,
Tem bem presente o meu traço,
E não é nada escasso,
Exprimindo-me através do meu braço,
Desenhando palavras com régua e compasso,
Contando cada alegria, cada embaraço,
Cada ideia minha, descrevendo passo a passo,
O prazer de cada beijo, o amor em cada abraço,
Tao doce e agradável, saboroso como melaço,
Que me satisfaz, me alegra, e me prende como um laço.
Das boas alegrias, até ao estúpido erro crasso,
Aprender com o que fiz mal, o esconder-me atrás de um espelho baço,
O fortalecer o meu carácter, estabelecer relações fortes como o aço,
Juntar boas experiências formando um grande e volumoso maço,
O olhar em volta e apreciar tudo, pois olhar não tira pedaço,
Estar contente e sorridente, animado que nem um palhaço,
Tendo sempre bem presente o meu traço,
Em tudo o que faço.