sexta-feira, dezembro 01, 2006

Reflexões

Quando chegar o amanhã onde estarei eu?

Será que ele vai chegar,

Ou tal como o meu amor, por ti, morreu?


Se ele tiver preguiça, e não aparecer,

O que se irá passar?

Como nos voltaremos a ver?


Será que isto se tornará um adeus?

Pois sem o amanhã, não chegarei ao depois,

Já estarei lá em baixo com o demo, ou lá em cima com Deus.


Já terei retornado ao berço,

Envolto numa nuvem de relaxamento,

E repouso, que me atinge quando adormeço,


Será que cumprirei o que almejo?

Quando o amanhã não vier,

Será que já provei teu beijo?


Já te terei percebido?

Esquecido?

Ao menos entendido?


Quando esse dia se realizar,

Em que parte do caminho me apanhará?

Será que alguém chorará? Ou pelo menos se irá alegrar?


Livrarei alguém de um fardo?

Aliviarei mentes preocupadas,

Como quem se livra de algo pesado?


E se cá não estiver,

E o amanhã não chegar,

O que é que isso quererá dizer?


Será que parti,

Sem olhar para trás,

E por uma última vez sorri?


Abraçarei a vida?

Enganarei a morte?

Será esta uma despedida?


Um adeus, um boa noite, um até já,

Sayonara, au revoir,

Quem o saberá?


Sera que j’irai vivre tout jour comment le dernier?

Ce le demain ne venir pas,

Qu’est-ce que je voudrais demander ?


As a last wish, from a dying man,

Would you bee available to answer,

Or would you just tell me that you can’t?


Tantas questões, quase todas sem resposta,

Mera retórica,

Que apenas necessita de ser exposta.


Avaliada por alguém com paciência,

E verdadeiramente interessado,

Vontade, compreensão, persistência.


Se o amanhã não vier, como será o que vem a seguir?

Nova era, novos tempos,

Conseguirás sorrir?


Se o amanhã não vier…